Laços&Gatos

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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Uma saudade chamada: Tranças!


Olá, galera!

 Sim, elas, as minhas tão amadas Medusas estão de volta!
 Já tinha um tempo que eu estava querendo coloca-las, até para que o meu cabelo "descansasse", além é claro da bela praticidade que as medusas trazem.

 É maravilhoso acordar penteada e pronta! Fora a felicidade de estar de "cara nova" ;)



Gostei  de fazer esse penteado com a minha bandana *-*
 A japa preta kkkk





   Espero que tenham gostado e caso queiram fazer também,eu indico a linda  Taimara Paula, tem mãos maravilhosas. Ela tem duas contas no instagram o pessoal @taieciney e o que ela posta várias dicas @amesvirtudes.
 A fibra (cabelo) eu comprei em Madureira, no salão do Santos (Facebook:Santos hair ).

@UrsulaWhosoever

Kisses ;**











       
         

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Empoderamento é o que elas descobriram! (Parte 1)

   Choque < Negação < Aceitação < Amor próprio < Empoderamento 
                                      







 - Talvez para alguns essa questão possa significar apenas  cabelo ou estética, mas para nós  meninas e mulheres negras é muito mais  que um estilo, é questão de ser feliz interiormente independente do que dizem que "precisamos ser".


   Passar a entender quem somos (essência) é o mais importante, e muitas são privadas dessa descoberta por serem "podadas" a todo momento, sempre julgadas por como seu cabelo parece uma palha de aço ou como não é magra o suficiente para ser amada por um rapaz... e então muitas começam a grande e cansativa saga de adotar um visual aceitável a sociedade.


   O mais doloroso é ver que sofremos essas torturas desde muito novas. Me lembro de querer ser como as garotas da tv ou as magras de "cabelo bom"(?) que estudavam na minha escola... e eu só tinha uns 5 ou 6 anos!

  Lembro-me também que até as bonecas dificilmente eram encontradas com a "pele" marrom, e as que tinham pareciam não ter  direito ao "glamour" das bonecas de "pele" branca (o que piorava a autoestima de qualquer garotinha negra, mesmo que inconscientemente!).

     E viajando ainda mais do tempo, lembro das histórias sobre como nos séculos passados era ainda pior para as meninas/mulheres negras (hoje ainda estamos lutando). Suas profissões já era traçada apenas pelo tom de sua pele, pois ser mulher já não era glorioso, ser mulher e negra era ser desprovida de graça literalmente. E era como se o homem (ser humano) fosse capaz de dizer que Deus não estava em um bom dia e resolveu criar as pessoas que pele negra para sofrer e viver à margem.....


     Não pense que toda essa revolução demonstrada (à primeira vista) exteriormente com cabelos de todas as formas é simplesmente porque "virou moda", e sim pois muitas mulheres vêm lutando interiormente para que tudo viesse se externar e finalmente se vissem como realmente são, tão criações de Deus e abençoadas como qualquer outra pessoa. Venceram o chicote, o boicote e até mesmo a seu interior que sempre gritava "você nunca será boa o suficiente, aceite". Não pense que esse resultado vem da vontade da sociedade, não se deixe iludir, pois isso veio (e ainda vem) de muita luta e choro!


   Se Hoje me sinto bem com meu cabelo crespo, trançado ou alisado é porque muitas(incluindo minha mãe *-*), bem antes começaram a negar toda essa construção preconceituosa.

  Minha mãe sempre me disse que sou linda  e capaz independente da opinião alheia, mas confesso que inconscientemente (e vezes conscientes também) eu não queria ser eu. Sempre desejava ter a "beleza e a capacidade" dos outros e não a minha.
Posso dizer que as mulheres negras americanas (EUA) tiveram um papel muito legal nessa minha "reconstrução" do meu próprio eu. É fácil lembrar de quando vi a Beyoncé pela primeira vez. Foi no comercial da pepsi e para quem sempre dizia querer ser como a Britney, foi inundada por uma sensação de "Onde estava essa mulher negra, loira e linda?", "Ué, negras podem ser loira?Ouço dizer que não é adequado.", "Se ela pode, então eu e todas as outras também!". Depois disso, comecei a começar a entender o que minha mãe já me dizia ha tempo.

Ursula Rodrigues (@UrsulaWhosoever)

Continua...